Mesmo sabendo que não hei de realizar meu desejo, ainda permaneço em meus devaneios. Secretos, ninguém sabe sobre eles. Você tampouco. Sempre, na hora do recolher, do descansar noturno, paro para refletir... sobre tudo. Qualquer coisa, qualquer assunto, qualquer... pessoa.
Nisso, sua imagem vem como consequencia, como se realmente estivesse ligada de algum modo ao que penso. Então sorrio. Sorrio leve. Só te imaginando próximo à mim. Em conversas reais e surreais. Em fatos que ocorreram e nos que gostaria que ocorressem. Devaneios... simples tolos devaneios... Inevitáveis.
Mesmo tão rígida, meu querido amigo, sou alguém que adora sua presença. Não com simplescidade, normalidade. E sim de forma especial, singular. Exclusivamente para você.
Ah, mas quem dera poder te revelar! Dizer tudo o que tenho a dizer, expulsar tudo que tenho a expulsar, libertar todos os impulsos que sinto ao fixar seu olhar... Porém temo em perdê-lo para sempre. Não poder admirar mais seus sorrisos, ouvi-lo fazendo-me rir, admirar sua sabedoria e seguí-lo fielmente. Dar-te minha lealdade, amizade, perseverança... e algo mais.
Mas eu prometo, meu caro; prometo aqui mesmo, sozinha, mesmo com você incapaz de me ouvir, que um dia hei de lhe contar, hei de revelar o que há muito tempo venho sentindo. Direi como te amo demais... Foi uma pena que vi flutuando?
